Inaugurado no dia 06 de Março de 2001, o Espaço Cultural Casa da
Ribeira comemorou, em 2011, 10 anos de existência, e o casarão que o
abriga, 100 anos de história (construído em 1911). A Casa está
localizada no bairro da Ribeira, em Natal RN, localidade recentemente
tombada pelo IPHAN como Patrimônio Cultural Brasileiro.
A Casa da Ribeira como é mais conhecido o espaço comporta no prédio histórico revitalizado, um Teatro com 164 lugares, uma Sala de Exposições, um Laboratório de Ideias - LABi, um Acervo Literário com mais de 1300 títulos e um Café Cultural. Nesses mais de 10 anos comemoramos a marca de 1850 espetáculos diferentes apresentados a um público de mais de 160 mil pessoas.
A Casa da Ribeira é um espaço cultural independente, idealizado pela iniciativa do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare e desde 2001, administrado por um grupo de artistas e produtores, através de uma associação cultural com personalidade jurídica própria, que deram continuidade ao projeto. A gestão e ações do Centro Cultural são definidas em assembléia semanais.
A Casa da Ribeira como é mais conhecido o espaço comporta no prédio histórico revitalizado, um Teatro com 164 lugares, uma Sala de Exposições, um Laboratório de Ideias - LABi, um Acervo Literário com mais de 1300 títulos e um Café Cultural. Nesses mais de 10 anos comemoramos a marca de 1850 espetáculos diferentes apresentados a um público de mais de 160 mil pessoas.
A Casa da Ribeira é um espaço cultural independente, idealizado pela iniciativa do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare e desde 2001, administrado por um grupo de artistas e produtores, através de uma associação cultural com personalidade jurídica própria, que deram continuidade ao projeto. A gestão e ações do Centro Cultural são definidas em assembléia semanais.
A
Casa da Ribeira foi erguida graças ao apoio da iniciativa privada, com
investimentos diretos e através das leis de incentivo à cultura Câmara
Cascudo e Rouanet. É uma Organização Privada sem fins lucrativos, com
reconhecimento de Utilidade Pública Municipal e Estadual e como Ponto
de Cultura Brasileiro.
Valorizamos temporadas de grupos e
artistas e temos como foco principal o desenvolvimento humano através
das artes, entendendo às apreciações artísticas como importantes
oportunidades de conhecimento e convivência. Nesse sentido, temos como
prioridade elaborar projetos para o acesso facilitado de públicos à
nossa programação e programas de Educação e Cultura. Esse olhar para o
"público" é parte do amadurecimento de seu papel enquanto Instituição
Cultural, sendo um dos aspectos mais importantes da trajetória de 11
anos de funcionamento.
O Processo
Testemunha
de muitos fatos, o casarão de número 52 da Rua Frei Miguelinho nasceu
como uma modesta hospedaria em 1911. Os moradores mais antigos da
Ribeira contam que, no primeiro andar, marinheiros, vendedores e
boêmios dormiam após fecharem bares pela rua Chile e travessas. Tempos
depois, o casarão foi transformado em oficina de navios, sendo
posteriormente, por muito tempo, a Padaria Palmeiras, uma das
principais panificadoras dos bairros da Ribeira e das Rocas. O prédio
também foi uma das primeiras sedes do Armazém Pará, loja especializada
no comércio de materiais de construção, tendo sido desocupado e fechado
em 1988, e assim permanecendo até ser descoberto por Gustavo Wanderley
e Ariane Mondo, então integrantes do Grupo de Teatro Clowns de
Shakespeare, em 1997.
O Grupo na época sonhava com um lugar
onde pudesse montar e apresentar seus espetáculos e desejava oferecer
aos artistas e ao público potiguar um espaço para temporadas e
festivais. Uma casa, no sentido mais acolhedor da palavra, que tivesse
ótima qualidade técnica.
Com o patrocínio da iniciativa
privada, a partir das leis federal e estadual de incentivo à cultura, o
grupo começou a desenhar a idéia da Casa da Ribeira, projetada pelo
arquiteto Haroldo Maranhão, de maneira a preservar o valor histórico e
ao mesmo tempo revelar a intervenção moderna.
A primeira
empresa que acreditou no projeto foi a Telemar, que se firmou como
co-patrocinadora com o investimento de R$ 90 mil. Em seguida, veio o
Armazém Pará, que doou 70% do material de construção para a obra, além
da cessão do próprio imóvel. O grupo de artistas e produtores
trabalhava noite e dia estudando marketing cultural, políticas
culturais e elaborando materiais para visitas a potenciais
patrocinadores. Nessa época além da atual diretoria também dedicaram
seu tempo e esforço Soraya Guimarães, Víni Fernandes, Fernando
Yamamoto, Ronaldo Costa, César Ferrário e Luciana Freitas. Num segundo
momento, uniu-se ao grupo, que passou por diversas formatações, Val
Dias, Carolina Lopes e Maria de Jesus. Além desses, foi indispensável a
colaboração direta ou indireta, de muitas formas, dos amigos
publicitários, jornalistas, artistas e profissionais de diversas áreas
que passaram a sonhar junto com o grupo.
Foram incontáveis
reuniões, que começavam madrugada adentro na casa de Fernando Yamamoto
e depois passaram a ser feitas no primeiro escritório, uma sala cedida
pelo tio de Henrique (Sr. José de Arimatéia Fontes) e mobiliada com
pertences dos integrantes, mas mesmo assim, durante um ano não se
conseguia um novo patrocínio para que as obras de fato pudessem começar.
Até
que um dia, após um curso de marketing cultural custeado com a venda de
camisetas da Casa, Gustavo chegou com uma idéia: "Precisamos fazer um
evento para que a cidade conheça e deseje esse projeto". Assim, nasceu
o "Na Rua da Casa..." , um verdadeiro festival multiartístico que
passou a ser realizado mensalmente aos domingos. Foram, sem dúvida, as
19 edições do evento, realizado em frente ao casarão ainda em ruínas,
com a participação voluntária de artistas, que o sonho da Casa começou
a ser compartilhado com toda a cidade.
A cada mês, o público
se multiplicava, mais artistas aderiam ao movimento e cada vez mais a
imprensa voltava os olhos para a idéia, projetando-a para todo o
Estado. Assim, os empresários começaram a ouvir o nome da Casa e a dar
credibilidade ao projeto. A TV Cabugi (atual InterTV) e depois a TV
Ponta Negra entraram como parceiras, cedendo espaço em sua programação
para exibir os vídeos institucionais da Casa. Estes eram criados por
Vini e César e realizados pela produtora Sinal de Vídeo, atual DVP.
O esforço não foi em vão: em 2000, a Cosern decidiu fazer um
investimento até então inédito em projetos culturais no Estado do RN,
entrando com uma cota de patrocínio no total de R$ 326 mil e
tornando-se a principal empresa patrocinadora. Logo depois, a Petrobras
também acreditou no sonho daqueles jovens artistas e firmou sua marca
com o co-patrocínio de R$ 122 mil.
Várias outras empresas
locais também participaram com permuta de materiais e serviços, foram
elas: Potycret, Offset Gráfica, Florence, Arcol, Diário de Natal,
Bandeirantes Outdoor, ADS Segurança, Hotel Vila do Mar, Restaurante
Guinza, Oficina da Luz, Mármore Ltda e Cabuginet. A Casa da Ribeira
ficou pronta, parcialmente equipada, mas completamente restaurada e
pronta para abrir suas portas sob um investimento total de R$ 1milhão e
150 mil.
Em 06 de Março de 2001, após 4 anos de trabalho de
captação de recursos e apenas 4 meses de construção, o sonho se
concretizou: o Centro Cultural Casa da Ribeira abriu suas portas para a
arte de qualidade e mantém até hoje um espaço para reflexão, formação,
convivência e transformação através da arte.
Valores, compromissos e gestão
A Casa da Ribeira completa, em 2012, 11 anos de atividades. Nesse
tempo de vida mais de 1800 espetáculos diferentes e 160 mil
espectadores passaram pela Casa que se mantém graças à criação e
desenvolvimento de projetos (80% dos recursos) e as locações de pautas
(20% dos recursos). Não há, atualmente, investimentos privados ou
públicos visando a manutenção direta da Casa da Ribeira e suas
atividades. A Casa da Ribeira utiliza todas as leis de incentivo à
cultura disponíveis e inscreve projetos em vários editais anualmente.
Com uma gestão pautada pela economicidade e otimização dos recursos, funcionamos de segunda a domingo, com apenas 06 funcionários. Tem custo anual (despesas) estimada para 2012 em R$ 240 mil reais pelo projeto Cena Aberta Formação em trâmite na Lei Câmara Cascudo, contaremos também com investimentos da ordem de R$ 300 mil para a o programa de ocupação Cena Aberta Nordeste contemplado pelo edital Procultura do Ministério da Cultura. Ambos os investimentos serão feitos em parceria com iniciativa privada através da lei de incentivo à cultura estadual.
Como meta institucional, visamos o acesso facilitado aos bens culturais e artísticos através da disponibilização de uma programação rica e diversa: oferecer a cada espectador uma experiência diferenciada de apreciação artística.
Com uma gestão pautada pela economicidade e otimização dos recursos, funcionamos de segunda a domingo, com apenas 06 funcionários. Tem custo anual (despesas) estimada para 2012 em R$ 240 mil reais pelo projeto Cena Aberta Formação em trâmite na Lei Câmara Cascudo, contaremos também com investimentos da ordem de R$ 300 mil para a o programa de ocupação Cena Aberta Nordeste contemplado pelo edital Procultura do Ministério da Cultura. Ambos os investimentos serão feitos em parceria com iniciativa privada através da lei de incentivo à cultura estadual.
Como meta institucional, visamos o acesso facilitado aos bens culturais e artísticos através da disponibilização de uma programação rica e diversa: oferecer a cada espectador uma experiência diferenciada de apreciação artística.
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